Oitava montagem é uma tragicomédia e apresenta uma reflexão sobre o aborto, em três números teatrais; apresentação ocorre no próximo dia 10 de maio
O que acontece quando se muda o predestinado? Suas escolhas podem revelar criaturas antes nunca vistas e mudar totalmente o destino. “Trágicos”, a nova peça do Teatro “Quasilá”, apresenta série de três cenas sobre o aborto, dentro de um contexto contemporâneo e grotesco.
O Teatro Municipal de Garça “Miguel Mônico” foi contemplado com a apresentação inédita, marcada para o dia 10 de maio, próximo domingo, às 20h, com entrada gratuita e apoio da empresa Tauste.
Após longo tempo de laboratório, para montagem do espetáculo, o grupo usou como inspiração trabalhos de Nelson Rodrigues, Samuel Beckett, Teatro Satyros e dados referentes ao aborto no Brasil. Segundo estudo da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, mais de 860 mil procedimentos ilegais de aborto foram realizados em 2013 no país. As tragédias alavancaram o coro de entidades pró-descriminalização da prática.
“A ideia do grupo não é apontar posição favorável ou contra, mas sim apresentar uma ‘ficção’, baseada em números reais, para a reflexão do público sobre o direito da escolha da mulher ou não. Você é a favor da condenação de morte? Vamos levar o debate ao teatro”, instiga a atriz Jéssica Mariano.
O elenco é composto por David Henrique, Laís Peres, Jéssica Mariano, Orlando Netto e Gustavo César, que também é diretor do espetáculo. A companhia completa, em 2015, sete anos de história e possui dois prêmios estaduais, participação em festivais nacionais de teatro e recordes de público na região.
